"O Senhor Marcelino chegou com dois vasos de malmequeres. E se os deixasse alinhados junto aos das roseiras e dos gerânios? Ou se os plantasse no canteiro? Tinha lá hortênsias, petúnias, begónias, amores-perfeitos e até um rododendro, mas ainda havia um espaço livre. Decidiu que aí ficariam mesmo bem.
— Olá, eu sou o Malmo, e esta é a minha família — disse o mais alto e o mais farfalhudo dos malmequeres, apresentando-se às outras plantas.
Ouviu-se um burburinho. Malmo ficou sem perceber nada, mas reparou num vaso com uma rosa como nunca vira antes, mesmo perto dele. Perguntou-lhe:
— Como te chamas? Estás aqui há muito tempo?
A rosa fechou as pétalas com força. Mudou de cor e disse, quase sem se ouvir: ....."
Teresa Dangerfield
Sobre mim
Teresa Dangerfield
Sou escritora
quando prendo as palavras para criar mantas de sentido.
e sou poeta
quando as palavras que junto me emprestam magia.