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"Se acham que já conhecem esta história, estão completamente enganados.
Saibam que, por estar exausta de ser rotulada como vilã, tomei a decisão de demostrar o contrário. Um dia, estava eu num desses livros que contam a tal história da raposa e da cegonha — não acredito que não a conheçam —, quando uma criança lhe pegou. Deixou-o aberto em cima de uma mesa onde havia outro livro que tinha uma fada na capa. Tive uma ideia.
— Quem me dera sair daqui para fora, nem que fosse para provar que não sou assim tão má! — resmunguei, sem ter a certeza de que a fada iria ligar ao que eu dizia.
— Raposa, raposinha. Posso conceder-te um desejo. Ou dois. Vamos lá, no máximo, três.
Nem podia acreditar no que meus olhos viam: Primavera, saída diretamente das páginas da história da Bela Adormecida, estava ali, bem diante de mim. Mal consegui disfarçar o tremor quando disse:
— Verdade? Fazes isso por mim? Prometo que não te vou desapontar.
— Ora, ora! Não digas mais nada. Queres sair do livro, não é? Fica já com o primeiro desejo. Os seguintes, serão surpresa. (...)"
Este é o início do meu conto infantil O Jantar da Raposa e da Cegonha, publicado na Revista Palavrar, nº8, edição de janeiro de 2025, pp. 62-63.
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Sobre mim
Teresa Dangerfield
Sou escritora
quando prendo as palavras para criar mantas de sentido.
e sou poeta
quando as palavras que junto me emprestam magia.