"O Conselheiro real, um homem idoso sempre sensato nos conselhos dados ao longo da sua vida, observava o monarca com uma mistura de preocupação e paciência. Achava natural ele estar nervoso, pois aproximava-se o dia da coroação. Viera lembrá-lo disso mesmo.
— Vossa Majestade parece-me não estar muito feliz com a ideia de usar a coroa que pertenceu ao seu falecido pai e a outros seus antepassados, mas... — disse, quase em segredo.
O rei interrompeu-o colocando-lhe a mão à frente, num gesto de desagrado.
— Não é nada disso! Não venhas com a conversa de tradição, simbolismo e sei lá mais o quê. Essa coroa não é adequada para mim.
— Mas, Vossa Majestade, esta cerimónia é muito importante para os seus súbditos. Que diria o rei seu pai?
— Não quero ouvir mais!
Dizendo isto, o rei apontou para a porta de saída dos seus aposentos e o Conselheiro saiu, cabisbaixo.(...)"
Teresa Dangerfield
Este é o início do meu conto infantojuvenil A Coroa, publicado na Revista Palavrar, nº7, edição de julho 2024, pp. 76-79.
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Sobre mim
Teresa Dangerfield
Sou escritora
quando prendo as palavras para criar mantas de sentido.
e sou poeta
quando as palavras que junto me emprestam magia.